A exposição Keltové The Celts, inaugurada no dia 25 de maio de 2018 revela-se plena de informações sobre os povos Celtas da Europa Central. Seu encerramento será em 24 de fevereiro de 2019. O trabalho de pesquisas arqueológicas realizadas durante vários anos e em vários locais da Boêmia (Suíça, Áustria, República Checa) contribuíram para o registro de vários povos e assentamentos celtas que viveram durante a idade do ferro- considerada fase de mudanças. Aliás, a informação é de que o Museu Nacional da República Checa possui uma das maiores coleções arqueológicas da Europa.
Os registros da cultura La Tène – sítio arqueológico La Tène na Suíça – apresentam dois temas (450 -40/30 BCE) – o mundo espiritual e o cotidiano nos assentamentos, por meio da descrição de domínios materiais e religiosos de alguns grupos familiares ricos. Foram encontradas nos túmulos ricos de Hallstatt, belas jóias (brincos, pulseiras e colares fabricados em bronze) e vestimentas. Segundo as pesquisas são diversas as formas de trabalho para a fundição de metais. O estilo artístico geométrico é dominante. Além disso, a agricultura e criação de animais eram centrais na economia desses povos.
À entrada da exposição um mapa indica os locais da pesquisa sobre a arqueologia dos povos celtas. O visitante é conduzido por salas com objetos diversos que o aprisionam no tempo. Do lado direito da entrada foi reproduzida as vestimentas de uma família da época.
Os espaços internos das casas refletem a vida cotidiana, em especial, aquele destinado à preparação dos alimentos e o trabalho na cerâmica com fornos de cozimento das peças. Associamos de imediato, algumas vasilhas de grande beleza e tamanho com a produção de povos indígenas na Amazônia. A fiação e a tecelagem são reproduzidas em vestimentas com tecidos sobriamente desenhados.
A exposição centra-se na reprodução da casa e dos assentamentos, com localização no plano e em colinas dos prédios, espaços de cultivo e da vida social e religiosa. Estes foram objetos de um vídeo que revela o arqueólogo no exercício da descrição etnográfica plural dos sítios, das práticas de trabalho, das formas das fortificações, o que de forma especial, contribui para reflexões sobre a vida social durante a história desses povos.
A visita à exposição Keltové The Celts nos leva a refletir não apenas sobre o passado morto dos povos Celtas, mas nos leva a deslocamentos e reflexões também sobre os povos e comunidades tradicionais que insistem em re(e)xistir na Amazônia, com seus sistemas de vida e formas de uso comum dos recursos, seus modos de vida, capacidades e práticas tecnológicas e sociais.
Texto e fotografia de Rosa Elizabeth Acevedo Marin
Visita realizada no dia 8 de janeiro de 2019.