Instituto Nova Cartografia Social (INCS)
Mapeamento Social como Instrumento de Gestão Territorial Contra o Desmatamento e a devastação – Processos de capacitação de Povos e Comunidades Tradicionais
(Fundo Amazônia)
Coordenador: Alfredo Wagner Berno de Almeida
RELATÓRIO
Bolsista: Joseline Simone Barreto Trindade
Belém
Jan de 2012
Relatório
I-Identificação
Projeto: Mapeamento Social como Instrumento de Gestão Territorial Contra o Desmatamento e a devastação – Processos de capacitação de Povos e Comunidades Tradicionais (Fundo Amazônia).
Coordenador: Alfredo Wagner Berno de Almeida
Bolsista: Joseline Simone Barreto Trindade
Título do plano de trabalho: Territórios de povos e comunidades tradicionais no nordeste e sudeste do Pará atingidos por empreendimentos minerais.
Objetivo: relatório de atividades referente aos meses de outubro, novembro e dezembro de 2011.
II- Informações sobre as atividades a)Participação em eventos:
1- V Simpósio Internacional de Geografia Agrária na Panamazônia – Questões agrárias na Panamazônia no século XXI – Usos e abusos do território
Data: 07 a 11 de novembro de 2011- Local: UFPA-Belém
Temas: i)A Integração da Infraestrutura Regional suamericana (IIRSA) Integração, desenvolvimento e sustentabilidade; ii) Formas de apropriação dos recursos naturais na Panamazônia; iii) Estado e a questão agrária na Panamazônia.
2-Palestra “Repolitização dos empreendimentos Minerais na América Latina:
atores, políticas e poder”
Palestrante: Barbara Hoogerboom – Centre for Latin American Reserch end Documention (CEDLA-Holanda) Data: 23-11-2011 Local: Naea
Síntese: A palestrante fez uma exposição sobre as novas tendências para mineração na América Latina, tomando como exemplo Bolívia, Equador e Venezuela. Entre os temas tratados estão:
1- O da governança ambiental, onde analisa os efeitos da política mineral em alguns países na América Latina: efeitos ecológicos (contaminação da água, desflorestamento), mudanças na vida da cultura e identidade ex: Venezuela, Bolívia.
2- A Mobilização e a resistência de grupos locais afetados por grandes projetos de mineração; o crescimento de redes transnacionais de luta contra empresas de mineração; Ex: Na Bolívia o debate da venda do gás e a mobilização de grupos indígenas que criticam os modelos neoliberais. Segundo a socióloga, a mineração passa a ser central nas agendas de partidos de esquerda, e passa a ser muito implementada no setor publico; Ex: Equador: Lei de mineração.
Durante o debate foi discutido uma agenda de pesquisa. Destaco alguns questionamentos:
1- Quais os atores, interesses e as idéias que conformam a governança mineral e quais os feitos?
2- Quais as novas visões de políticas e os efeitos de crescimento, desenvolvimento e redistribuição. Quais as alternativas para o desenvolvimento?
3- Quais as regras entre os setores público e privado?
4- Como se envolvem os atores locais? Quais as resistências locais?Como o meio ambiente é tratado?Como se pensa e se relaciona com a natureza?
5- E possível falar numa luta do direito ao não desenvolvimento?
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3- Participação na banca de Trabalho de conclusão de curso de Carlos Alberto
Pismel de Brito Xavier e Roberto Arede Rabelo Mendes
Tema: “Caracterização e analise dos impactos gerados pelos grandes empreendimentos na bacia hidrográfica do Igarapé Tracuateua (Jambuaçu) no município de Moju-Pa”. Local: Curso de Geografia com ênfase em cartografia da Escola Superior da Amazônia (ESAMAZ)
Data: 06 de dezembro de 2011
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4- I Seminário Patrimônio Imaterial e a Cartografia Social
Data: 11 de dezembro de 2012 Auditório Iphan-Belém
Apresentação do mapa dos afroreligiosos.
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III- Atividades do plano de trabalho
1) Organização administrativa e planejamento da pesquisa a)Atividades: Reuniões de trabalho e estudo
Pró-memória de reunião 001. Data: 14 de novembro de 2011
Local: UNAMAZ
Objetivo: retomar as atividades do Projeto Mapeamento Social como Instrumento de Gestão Territorial contra o Desmatamento e a Devastação: Processos de capacitação de povos e comunidades tradicionais.
Participantes: Bruno Malheiros, Eliana Teles, Lara Lages, Irislane Moraes, Janine Braga, Joseline B. Trindade, Mayka Amaral, Marcos V. C. Lima, Raymunda Negrão, Rita Costa, Rosa Acevedo, Socorro Cardoso, Solange Gayoso, Thamirys Matos.
Desenvolvimento da reunião.
Inicialmente foi apresentada uma síntese da reunião ocorrida em Manaus no mês de agosto passado, em que participaram Rosa, Solange, Joseline e Bruno Mileo pelo núcleo Pará. Na reunião de Manaus o principal debate foi sobre a organização dos núcleos para a execução do projeto. Cada núcleo (estiveram presentes Acre, Amazonas, Maranhão, Pará, Rondônia) fez uma apresentação de sua organização e das áreas de pesquisa a serem trabalhadas. Para o estado do Amapá a profa. Rosa Acevedo fez apresentação do plano de trabalho. Enquanto o plano de trabalho do Estado de Roraima deverá ser executado pela equipe do Amazonas (até a constituição de equipe local). O estado do Tocantins está sem equipe sendo necessário estabelecer articulações para montar uma equipe de pesquisa. As equipes do Maranhão e Pará ficaram com a indicação de verificar como realizar a pesquisa no Tocantins.
Outro assunto tratado em Manaus foram as dificuldades na execução orçamentária e financeira do projeto. No debate ainda realizado em Manaus foi sugerido a possibilidade de realizarmos dois encontros: um internacional com a temática quilombola e um nacional com a temática afrorreligiosos.
Após os informes sobre a reunião de Manaus, foi aberto para que todos os presentes na reunião pudessem colocar sobre as atividades de pesquisa que estão em desenvolvendo e sua disponibilidade para assumir a execução das atividades do projeto mapeamento social. Todos os presentes, com exceção de Thamirys que foi contratada pelo IBGE, afirmaram sua disponibilidade para iniciar as atividades do projeto.
Alguns pesquisadores fizeram a sugestão de se ter grupo de estudo. Sobre isso ficou acertado que cada equipe (ou pesquisador) poderá se organizar para realizar os estudos que acharem necessários. Contudo, já foram indicadas algumas leituras apresentadas em anexo.
Foi dado informe sobre os espaços físicos destinados ao desenvolvimento das atividades do projeto: em Belém haverá uma sala no NAEA (inauguração dia 18 de novembro às
17:00hs); Santarém iremos dividir a sala com outro projeto de extensão em que participam os professores Bruno Mileo e Judith Vieira; em Marabá a profa. Rosa irá reunir com a coordenação do Campus de Marabá para solicitar uma sala específica para o projeto.
Durante a reunião foi retomada a discussão sobre a criação da Associação dos Pesquisadores do Pará, sendo aprovada e imediatamente transformou-se a reunião na Assembléia de Fundação da Associação. Socorro ficou com a tarefa de tomar as providências legais para a regularização da mesma.
ENCAMINHAMENTOS FINAIS
1. Todos deverão estudar a execução orçamentária do projeto (será enviada por email);
2. Todos deverão observar o cronograma de execução do projeto;
3. Os bolsistas deverão atentar para o prazo para envio dos relatórios trimestrais, não podendo haver atraso, pois isso implica na suspensão da bolsa;
4. Ficou o indicativo de fazermos um plano anual de reuniões do conjunto de pesquisadores a ser previamente acordado para que todos possam se programar;
5. As equipes deverão pensar procedimentos de organização dos arquivos da pesquisa.
6. Teremos que criar alternativas para a comunicação entre as equipes.
Fonte: memória elaborada por Solange Gayoso
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Pró-memória de reunião 002.
Data: 15, 16 E 17 de novembro de 2011
Local: UNAMAZ
Objetivo: para organização da inauguração da sala, elaboração de convite, mobilização e elaboração da programação.
Participantes: Joseline B. Trindade, Rosa Acevedo, Thamirys Matos, Eliana Teles
Desenvolvimento da reunião.
-Inauguração da sala de pesquisa no Núcleo de Altos Estudos amazônicos no dia 18 de novembro de 2011
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Pró-memória de reunião 003. Data: 23, 24 e 25 de novembro Local: UNAMAZ
Objetivo: organização e mobilização do seminário Territórios quilombolas e grandes projetos de infra-estruturas no nordeste, sudeste paraense e Ilha do Marajó,
Participantes: Joseline B. Trindade, Rosa Acevedo
Desenvolvimento da reunião.
-Pauta: Organização e mobilização do Seminário Territórios quilombolas e grandes projetos de infra-estruturas no nordeste, sudeste paraense e Ilha do Marajó.
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-Seminário Territórios quilombolas e grandes projetos de infra-estruturas no nordeste, sudeste paraense e Ilha do Marajó.
Data: 26 de novembro de 2011
Local: Unamaz
Síntese:
No dia 26 de novembro de 2011, no auditório da UNAMAZ/PROINTER, no horário de 9:00h as 16:30h, reuniram-se lideranças de três territórios quilombolas para debater os grandes projetos de infraestrutura no Nordeste, Sudeste do Pará e ilha de Marajó, que estão provocando devastação e danos ambientais, e ainda os projetos que têm sido anunciados e que representam superposição sobre esses territórios.
Maria do Carmo Coimar Amaral esteve em representação do Território quilombola de Jambuaçu, Maria Santana da Costa Barbosa e Joaquim Cordero do Santos foram convidados pela comunidade de Abacatal e Luzia Betanha Alcântara falou em nome das comunidades quilombolas de Salvaterra e da MALUNGU – Coordenação das Associações das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Pará. Joseline Simone Barreto Trindade, Eliana Teles Rodrigues e Rosa Acevedo Marin – pesquisadoras do Projeto MAPEAMENTO SOCIAL COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO TERRITORIAL CONTRA O DESMATAMENTO E A DEVASTAÇÃO – PROCESSO DE CAPACITAÇÃO DE POVOS E COMUNIDADES, e José Luiz Sirotheau, Mestrando do Curso de Geografia da Universidade Federal do Pará, acompanharam os debates.
A atividade iniciou com apresentação do vídeo Amor pelo Território Quilombola de Jambuaçu,que aborda o intrusamento da Companhia Vale do Rio Doce com a instalação de minerodutos para transporte de bauxita, assim como com a Linha de Transmissão que corta, em uma extensão de 15 km, esse território, e provocou danos irreparáveis sobre florestas de castanheira, roças, e que destruiu vários igarapés e o rio Jambuaçu, nas margens dos quais se formaram as comunidades. Em seguida, foi feita a apresentação de cada participante e as informações gerais sobre os objetivos da reunião. Na dinâmica, coube a cada comunidade refletir as circunstâncias presentes que
representam danos ambientais e obstáculos à vida material e social.
Após esta sessão, foi realizado um trabalho de leitura do EIA/RIMA do projeto “GASODUTO DO PARÁ”. Este documento foi elaborado pelas Empresas ECOLOGY BRASIL e a TGP – Transportadora de Gás do Pará, em 2008. O Projeto visa transportar Gás desde Açailândia, atravessando os Estados do Maranhão, Tocantins e Pará.
Este EIA/RIMA organiza dados sobre a denominada Área de Influência Direta e Indireta. Nesta última, situa as comunidades dos municípios de Acará, Moju e Belém. Foram examinados os mapas (relativamente incompreensíveis sobre o percurso do Gasoduto) e os dados organizados sobre as comunidades quilombolas. Sobre estas, informam não ter realizado nenhuma visita in locus, e explicitam as comunidades de Moju nos termos seguintes: (estas) “já sofreram um processo conflituoso, com implantação de um mineroduto, de forma que as ações de pesquisa e levantamento poderiam causar apreensão maior nestas áreas”.
A Reunião foi registrada integralmente e se destacaram algumas ações de continuidade:
– Continuar a documentação de vídeos, como recentemente foi feito em relação à Cachoeira do Arari e a instalação do Lixão. Em Abacatal, foi feito um vídeo pela FASE com o título “Abacatal: um caso de racismo ambiental”, divulgado durante o Fórum Social Mundial.
-Organizar um evento para o Encontro Nacional da ANPPAS.
-Produzir um acompanhamento sistemático de pesquisa. Em Abacatal, há dois projetos em execução – em Geografia, de José Luiz Sirotheau e de Especialização de uma Sociologia, do Curso FIPAM XIV, com o tema de Ordenamento Territorial e Planejamento. Em Jambuaçu, está em execução a tese de Joseline Trindade Barreto e, em Cachoeira do Arari, igualmente, a tese de Eliana Teles Rodrigues. Estes dois documentos acadêmicos correspondem a planos de pesquisa aprovados pelo projeto de pesquisa MAPEAMENTO SOCIAL COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO TERRITORIAL CONTRA O DESMATAMENTO E A DEVASTAÇÃO – PROCESSO DE CAPACITAÇÃO DE POVOS E COMUNIDADES – FUNDO AMAZÔNIA.
-Articular a realização de um Seminário específico abordando os territórios quilombolas sob impactos de projetos que estão provocando danos e conflitos socioambientais. Esta proposta deve ser apresentada à Coordenação do Projeto.
-Inserir este tema nos Cursos de Capacitação do projeto MAPEAMENTO SOCIAL COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO TERRITORIAL CONTRA O DESMATAMENTO E A DEVASTAÇÃO – PROCESSO DE CAPACITAÇÃO DE POVOS E COMUNIDADES.
Fonte: Site Projeto novacartografia
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Pró-memória de reunião 004. Data: 02 de dezembro de 2011
Local: Sala 210 Naea
Objetivo:
Discutir a agenda de trabalho, os procedimentos para criação da Associação de pesquisadores Samaúma.
Participantes: Joseline B. Trindade, Rosa Acevedo, Socorro Cardoso, Mayka Amaral
Desenvolvimento da reunião
-Informes:
-Dia 07 de dezembro a professora Rosa Acevedo participará da programação da Jornada Antropologica, INCSA, em Manaus, que contará com a vinda do dr. Charles Hale que proferirá a palestra “Entre o mapeamento participativo e a geo-pirataria- as contradições (às vezes construtivas da antropologia ativista).
– No dia 26 de novembro realizamos o seminário Territórios quilombolas e grandes projetos de infraestrutura no nordeste e sudeste paraense e ilha do Marajó, na Unamaz.. A professora Rosa disponibilizou um relato mais detalhado sobre o seminário que está arquivado na sala de pesquisa. Além desse relato foi entregue também para o arquivo um relato da inauguração da sala que também foi enviado para o site do Instituto.
-O projeto adquiriu dois cadernos: um de conta corrente para anotação do movimento financeiro (entrada e saida de recursos) e o segundo, para livro de atas da Associação Samauma.
Criação da Associação Samauma
-Socorro Cardoso deu informes sobre as questões jurídicas que envolvem a criação e solidificação da Associação:
1-Uma das questões esclarecidas foi sobre quem responderia
Juridicamente e tributariamente pela Associação. Ficou esclarecido que será a Diretoria e os sócios fundadores. A diretoria ficou definida da seguinte forma: Coordenadora: Eliana Teles; Secretaria: Irislane Pereira de Moraes; Tesouraria: Socorro Cardoso; Conselho Fiscal: Eliana Ramos; Roberto; Thamires Matos
2-Para o registro da ata, do estatuto e certidão a Associação precisará de R$ 458,00. Que deverá ser rateado entre os sócios-fundadores que estão na ata em numero de 13, ficando uma quantia de 35,23 para cada um, a ser entregue na próxima reunião a fim de que seja dado encaminhamento ao registro.
3 Será necessário a assinatura de um advogado (ficamos de sondar com o Marlon). O
segundo passo é a convocação da diretoria para assinarem a ata.
4 Socorro Cardoso ficou de detalhar as despesas.
Obs: Mayka Brito organizou um grupo de discussão na internet para que possamos organizar melhor nossa comunicação.
Fonte: memória elaborada por Joseline Trindade
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Pró-memória de reunião 005. Data: 12 de dezembro
Local: sala 210 Naea
Objetivo: Organização da participação na II oficina apara elaboração do Boletim Guerra do carvão, que será executado em conjunto com a equipe do Maranhão, em Imperatriz, de 19 a 20 de janeiro de 2012.
Participantes:
Rosa Acevedo, Joseline Trindade, Solange Gaioso, Irislane Moraes Socorro Cardoso, Maika Amaral, Lara Lages
Desenvolvimento da reunião.
-Informes e Planejamento de pesquisa
Planejamento e cronograma de pesquisa:
Participação de Mayka e Rita na II oficina da cartografia a ser realizada em Imperatriz no Maranhão. A professora Rosa enfatizou a necessidade que o planejamento orçamentário de todas as atividades sejam feito com pelo menos um mês de antecedência.
Organização da participação na II oficina apara elaboração do Boletim Guerra do carvão, que será executado em conjunto com a equipe do Maranhão, em Imperatriz, de
19 a 20 de janeiro de 2012.
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Pró-memória de reunião 006.
-Reunião 17 de dezembro de 2011 Local: UFPA
Objetivo: Planejamento do grupo do Sudeste Paraense
Participantes:
-Mayka Danielle Brito Amaral; Joseline Trindade; Rita Costa e Irislane Moraes.
Desenvolvimento da reunião.
1. Informe Gerais:
– Relato das discussões das reuniões anteriores;
– Certificação do Capim. O nome da comunidade ficou errado “Comunidade do Rio Capim”, quando o correto seria “Povos do Aproada”. Íris vai realizar o seu trabalho de campo e verificar quais são os procedimentos para pedir a retificação desse problema. Além disso, vai aproveitar para verificar também a questão do desmatamento na área da sua pesquisa.
– Rita ressaltou que é necessário ver também as novas estratégias de desmatamento;
– Joseline e Íris participaram da reunião da fundação da Palmares, aproveitando para falar sobre o racismo institucional que aconteceu na Unamaz.
2. Avaliação do grupo
– Destaque para a importância do e-mail do grupo para repassar as informações das reuniões; Debate sobre a participação das pessoas nas reuniões, sobre as prioridades e a necessidade de reforçar a importância das reuniões.Necessidade de traçar estratégias de comunicação e de operacionalização das atividades do grupo.
. Sobre a reunião preparatória para o encontro regional:
– a reunião preparatória será no dia 12 e 13 de janeiro, em Imperatriz (MA).
– Mayka mostrou o material que possui e que pode apresentar na reunião: a monografia da especialização, a dissertação e o cd do lançamento do fascículo dos carvoeiros de Rondon do Pará.
– Mayka falou sobre a importância de estabelecer contatos com os movimentos sociais para identificar a produção do carvão junto às quebradeiras de coco de babaçu, indígenas e quilombolas.
– Rita destacou que no PA Araras, EM São João do Araguaia existe a produção do carvão vegetal a partir do coco de babaçu. E que existe uma área onde se produz cerâmica, em que é usado também com o coco de babaçu nos fornos.
– Necessidade de estabelecer uma estratégia de contato com as lideranças dos movimentos sociais (MIQCB) e também com pessoas da comunidade.
– Pessoas para participar da reunião preparatória em Imperatriz: Mayka, Rita e representante do MIQCB.
– Atividades para serem desenvolvidas por Rita: conseguir estabelecer o contato com uma pessoa do MIQCB, para participar da reunião em Imperatriz.
– Atividades para serem desenvolvidas por Mayka: elaborar uma apresentação provisória, em slide, do material que possui para levar para Imperatriz. (Dissertação e
monografia; fascículo dos carvoeiros de Rondon, ver as denúncias de trabalho escravo
na delegacia regional do trabalho, selecionar algumas fotografias das carvoeiras de
Rondon do Pará).
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Pró-memória de reunião 007.
– Reunião do núcleo do sudeste do Pará para estudo e planejamento, realizada em 07 de janeiro de 2012
Objetivo: Objetivo: Preparação da equipe do sudeste do Pará para participar da II
oficina do Projeto Nova cartografia social em Imperatriz – Maranhão.
Participantes:
-Mayka Danielle Brito Amaral; Joseline Trindade e Irislane Moraes.
Desenvolvimento da reunião. Horário: 10: 00 as 17: 00
– Apresentar os contatos estabelecidos para a reunião de Imperatriz;
– Elaborar o planejamento das atividades mais gerais do grupo do Sudeste do Pará;
– Preparação para a reunião de Marabá;
– Identificar os grupos sociais que vamos trabalhar;
– Pensar que as oficinas devem partir da demanda dos grupos sociais;
– Vê a questão da organização da sala no campus de Marabá da UFPA.
Tema debatido: MONOPOLIZAÇÃO DO TERRITÓRIO E CARVOEJAMENTO NA AMAZÔNIA: a produção do carvão vegetal nos assentamentos e acampamentos de reforma agrária e nas carvoeiras tradicionais de Rondon do Pará – PA
Mediadora: Mayka Amaral
A expositora apresentou os seguintes pontos para debatermos:
1-Carvoejamento e sua insustentabilidade;
2-Carvoejamento e sua relação com o desmatamento;
3-A “nova” dinâmica do carvoejamento: a produção do carvão vegetal nos assentamentos e acampamentos rurais e nas carvoeiras tradicionais de Rondon do Pará. O processo de monopolização do território através do carvoejamento nos Projetos de assentamentos de Rondon do Pará.
4-Apresentação das oficinas da cartografia com os carvoreiros de Rondon do Pará .
-Mayka fez uma análise do surgimento do carvoejamento no sudeste do Pará a partir da instalação das siderúrgicas na década de 1980 que se deslocaram do sul do Pais para região sudeste com incentivos fiscais, matéria prima em abundância e com uso de mão de obra barata.
Resumo: O presente trabalho versa sobre o processo de monopolização do território pelo capital, materializado nas indústrias siderúrgicas, a partir da atividade de carvoejamento realizada no município de Rondon do Pará, localizado no sudeste do estado do Pará, na Amazônia brasileira. As indústrias siderúrgicas constituem a materialização do capital, caracterizado como desigual, combinado e contraditório, que ao se implantarem na Amazônia promoveram uma relação de subordinação de diversos sujeitos sociais em diferentes municípios, para produzirem o carvão vegetal. Dentre esses municípios, este trabalho destaca a realidade de Rondon do Pará, que produz o carvão vegetal desde o início da produção da siderurgia na Amazônia. Dessa maneira, buscou-se caracterizar e analisar o processo de monopolização do território a partir da atividade de carvoejamento nesse município, onde se verificou que a produção do carvão vegetal tem sido realizada através de relações de produção capitalistas assalariadas, e de relações não-capitalistas camponesas de produção. Além de se produzir carvão da forma tradicional, por meio do reaproveitamento do resíduo de serraria e da pecuária, do desmatamento primário e secundário, essa atividade foi introduzida nos assentamentos e acampamentos rurais de reforma agrária, e tem substituído a produção de alimentos. Dessa forma, notou-se que a monopolização do território pelas indústrias siderúrgicas, a partir da atividade de carvoejamento, é realizada através da apropriação da renda camponesa da terra e da extração da mais- valia, tanto nas carvoeiras tradicionais quanto nas carvoeiras localizadas no interior dos assentamentos e acampamentos rurais de reforma agrária no município de Rondon do Pará.
Fonte: AMARAL, Mayka. MONOPOLIZAÇÃO DO TERRITÓRIO E CARVOEJAMENTO NA AMAZÔNIA: a produção do carvão vegetal nos assentamentos e acampamentos de reforma agrária e nas carvoeiras tradicionais de Rondon do Pará – PA. Dissertação de mestrado. USP. São Paulo. 2011
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-Pesquisa de campo em Barcarena e Moju
Período: 19 a 21 de dezembro de 2011
Barcarena
-Com o objetivo de conhecer a realidade das comunidades atingidas pelo mineroduto do Projeto Mina de Bauxita de Paragominas (PMBP) organizamos em companhia com Marcel Hazeu (ONG- Movimento mundial pelas florestas tropicais), um servey nos dias
19 a 21 que iniciou em Barcarena e prosseguiu no território quilombola de Jambuaçu.
No dia 19 de dezembro reunimos com o representante da Comissão Organizadora em defesa do meio ambiente de Barcarena que representa 92 comunidades das ilhas. Nesta oportunidade foram relatados, pelo representante, o Sr Celivaldo Raimundo Monteiro, alguns dos impactos do complexo industrial às 10 mil famílias ribeirinhas: vazamento de caulim Imerys; os Impactos ambientais no Rio Pará.
Foi questionado a situação da devastação provocada pelas empresas no entorno do duto? A presidente da Associação dos trabalhadores extrativistas do rio Mucuruça
(Barcarena), a sra Graça Pereira nos relatou sobre o Processo Nº 003226-05-2009 que
Associação vem conduzindo contra Alunorte junto a Defensoria Pública em Barcarena (Núcleo de defesa dos direitos humanos). Há dois anos eles vêm reivindicando providencias em relação à contaminação da água.
Moju
Nos dias 20 e 21 fomos para Moju, para o território quilombola de Jambuaçu que é atravessado pelo mineroduto de caulim e bauxita. Visitamos os igarapés atingidos pelo Mineroduto do PMBP e tiramos os pontos de GPS. Reunimos com a presidente da Bambaê Guiomar Tavares que nos relatou que além da limpeza de tubulações realizados pela Hydro, que vem provocando desmatamento, estão sendo feitos marcações para linha de trem pela empresa Valec. Em seguida, fizemos uma entrevista com a senhora Maria do Carmo Cuimar sobre as novas estratégias de intervenção da Hydro no território quilombola de Jambuaçu, onde fizeram uma reunião no dia 05 de outubro de
2011 com lideranças da Casa Família Rural de Jambuaçu e assinaram um termo de responsabilidade social em que liberava a Empresa a implantar um modelo de sustentabilidade da CFR parceria com a Cooperativa Agrícola de Tomé Açu (CANTA).
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9-Pesquisa bibliográfica
AMORIM, Joana Claudia Aleixo. Colônia Oriente e Potiritá: Dinâmicas e interelações a partir da implementação do Projeto Mina de Bauxita em Paragominas- PA: Dissertação de mestrado. Belém. Naea. 2011.
AMARAL, Mayka D. Brito. Monoplização do Território e Carvoejamento na Amazônia: a produção do carvão vegetal nos assentamentos e acampamentos de reforma agrária e nas carvoeiras tradicionais de Rondon do Pará – PA. Dissertação de mestrado. USP. São Paulo. 2011.
AMARAL, M.D. B. A outra face da cidade-empresa, assentamentos urbanos na área de influencia do projeto Albrás Alunorte in TRINDADE Jr. Sant-Clair (org.) Cidades e empresa na Amazônia gestão de território e desenvolvimento . Belém Pakatatu,2002.
Associação Brasileira de Alumínio –ABAL -Relatório de sustentabilidade da industria do alumínio. São Paulo. 2005 HTTP WWW.abal.org.br:serviços acessado em novembro de 2011.
BUNKER, Steven. Joint ventures em ambientes frágeis: o caso do alumínio na
Amazônia Naea. V 03. 2000
COELHO, Maria Celia. Políticas públicas – corredores de exportação modernização portuária industrialização de impactos territoriais e ambientais no município de Barcarena. In grupo de pesquisa mineração e desenvolvimento.
CASTRO, H.A. A saúde dos trabalhadores da cadeia produtiva do alumínio in ALMEIDA, R. (ORG) Alumínio na Amazônia saúde do trabalhador, meio ambiente e movimento social. São Luis Fórum Carajás. 2009, p 55-78
Estudo antropológico das populações indígenas na área do mineroduto para transporte de caulim. Rima. Imery Rio Capim. S;A Belém.
MORAES, Wanderley Luis Jardim de. Deslocamento compulsório e estratégias empresariais em áreas de mineração: um olhar sobre a exploração de bauxita na Amazônia in revista ideais interfaces em desenvolvimento, agricultura e sociedade v 3 n especial ( grupo geografia de mineração no ppgg-ufrj)
———Grandes projetos na Amazônia e comunidades tradicionais: o caso da mineração de bauxita no PAE Juruti. 2010.
NADER, Laura.Harmonia coercitiva a economia política dos modelos jurídicos RBCS N 26 ANO 9 1994
————-. A civilização e seus negociadores: a harmonia como técnica de pacificação. Anais aba xix, 1996
SILVA, Claudia P. Puerta. Les indiens wayuu ET le projet minier du Cerrejón en Colombie: Stratégies et plitiques de econnaissance ET d’identiité. Thése de doctoral. École dês haustes études em sciences sociales. 2010
————–El projeyto Del Cerrejon: um espacio relacional para los indígenas wayuu, La empresa minera y El estado colombiano. 2010. Vol 24 Medellín PP.149-179
Noruegueses compram ALBRAS e Alunorte. Diário do Para. 03 de maio de 2010.
Vídeo:
“A floresta virada em pó. Impactos da indústria do alumínio”. 2011. Amigos da Terra
Brasil.
Belém, 10 de janeiro de 2012
Joseline Simone Barreto Trindade