PROJETO DE MAPEAMENTO SOCIAL COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO TERRITORIAL CONTRA O DESMATAMENTO E A DEVASTAÇÃO – PROCESSO DE CAPACITAÇÃO DE POVOS E COMUNIDADES TRADICIONAIS
Projeto/ Doação: 10.2.1937.1
Relatório de Atividades Trimestrais
Outubro a Dezembro/2011
Pesquisador/Bolsista: ERIKA MATSUNO NAKAZONO
Manaus
2012
Relatório de Atividades
Mapeamento social como instrumento de gestão territorial contra o desmatamento e a devastação: Processos de capacitação de povos e comunidades tradicionais
Erika Matsuno Nakazono
Período: outubro a dezembro de 2011
No âmbito da coordenação do Projeto Fundo Amazonas, que possui sede administrativa na Universidade do Estado do Amazonas (UEA), em Manaus, realizaram-se uma série de reuniões técnico-burocráticas com técnicos e gestores administrativos da UEA – Pró-Reitoria de Pesquisa e Extensão, Fundação de Apoio Institucional Muraki e BNDES (administrador do Fundo Amazônia).
As atividades de coordenação em Manaus, entre o período de setembro a novembro, estiveram empenhadas para solucionar pendências burocráticas que inviabilizaram a liberação do recurso no tempo de assinatura do contrato, em maio de 2011.
Contudo, várias atividades para articulação e realização de reuniões preparatórias iniciaram a partir do mês de outubro, entre pesquisadores e movimentos sociais nos diferentes núcleos de pesquisa, com base na reunião de coordenação ampliada realizada no mês de agosto de 2011.
Em novembro de 2011, pesquisadores do núcleo AM se reuniram para discutir as possibilidades e estratégias de atuação no Projeto Fundo Amazônia. Algumas atividades foram identificadas, a priori, como importantes ao contexto do projeto e conforme equipes de trabalho distribuídas nas seguintes regiões:
– Vale do Javari;
– Médio Purus;
– Boca do Acre;
– Rio Cuieiras;
– São Paulo de Olivença;
– Alto Solimões;
– Humaitá.
Para a produção de cartilha no AM discutiu-se a possibilidade desta ser desenvolvida pela equipe do PROIND – UEA, tendo participação direta dos pesquisadores na produção das mesmas. Também foram discutidas as possibilidades de ocorrência das reuniões preparatórias anteriores aos encontros regionais.
Dentre essas frentes de pesquisa, tenho acompanhado com maior proximidade as informações referentes a articulação que está sendo organizada pelo professor Reginaldo Conceição da Silva do Centro de Estudos da UEA Tabatinga, alto Solimões. A articulação envolve dois grupos sociais distintos para averiguar as possibilidades de desenvolver as oficinas de mapas: 1) município de Amaturá – associação e cooperativa de castanheiros; 2) indígenas da comunidade Bom Jardim.
No município de Manaus, Rio Cuieiras, algumas reuniões foram organizadas com professores indígenas moradores das comunidades. A intenção é tentar articular uma reunião com a presença de caciques das comunidades indígenas do Rio Cuieiras e professores indígenas, visando averiguar a possibilidade de realizar uma oficina de mapas integrando diferentes aldeias.
Ainda com relação ao Rio Cuieiras, houve uma discussão paralela sobre a realização de um levantamento de informações sócio-econômicas e ambientais relacionadas à segurança alimentar e nutricional de populações ribeirinhas incitada pelo Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS; Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação – SAGI. Conforme discussão junto ao MDS, a região do Rio Cueiras poderia constituir como um estudo piloto para a implantação de questionários quantitativos. O trabalho ocorreria paralelo as atividades de mapeamento realizadas pelo projeto.
A atual aquisição dos equipamentos de informática e instrumentos de campo (registro áudio-visual) permitirá a montagem de novos laboratórios e fortalecimento dos núcleos de pesquisas. Esses, em complemento com a montagem do servidor e desenvolvimento do banco de dados, fornecerão suporte físico para arquivo das informações produzidas e meio de comunicação, divulgação e disponibilização de dados de pesquisa.
Atividades paralelas ao projeto também constituem parte integrante ao desenvolvimento das atividades. Em contato direto com o pesquisador antropólogo Dr. Charles R. Hale da Universidade do Texas, Austin, “Teresa Lozano Long Institute of Latin American Studies and Benson Latin American Collection”, em dezembro de 2011, formou-se um grupo de estudos sobre as atividades de mapeamento social realizadas e novas propostas a serem definidas no Projeto Fundo Amazônia. O professor Charles se mostrou bastante interessado nas atividades, abrindo possibilidades para firmar convênio entre UEA e Universidade do Texas, com vistas ao intercâmbio de pesquisadores.
Manaus, 06 de janeiro de 2012
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Erika Matsuno Nakazono