Liderança do Quilombo Frechal, localizado no Município de Mirinzal-MA, Bié atuou no reconhecimento geral das terras de Frechal, feito por Magno Cruz, engenheiro civil e principal liderança do Movimento Negro do Maranhão, feito em 1991. Atuou também nas etapas de levantamento fundiário em 1993 e na ocupação do IBAMA em 1994, quando, depois de dois anos da reserva extrativista do Quilombo Frechal ter sido decretada e não haver sido feita a desapropriação foi necessário a ocupação do órgão por parte de integrantes da referida comunidade quilombola.
Bié também colaborou no livro Frechal Terra de Preto, apoiando os trabalhos de pesquisa de campo.
Em 1973, Bié, Jovina, Inácio e Zé Silva iniciaram a luta pela conquista do território. Mobilizaram outros integrantes da comunidade para a criação de uma associação, tendo sido coordenador geral da Associação de Moradores do Quilombo Frechal. Em 1989, com a chegada do Projeto Vida de Negro, ligado ao Centro de Cultura Negra do Maranhão, ele esteve sempre na linha de frente da luta. Organizava o festejo de São Benedito, realizado em continuidade às comemorações do aniversário da Associação, durando duas semanas de festa.
Frechal é o primeiro quilombo a ter reconhecimento oficial pelo Estado brasileiro após a Constituição de 1988.