No dia 22 de junho de 2016 no âmbito das atividades previstas na III Assembleia dos Povos Indígenas de Goiás e Tocantins, apoiado pelo CIMI, pela APATO, pelas Federações dos Trabalhadores na Agricultura do Tocantins e do Maranhão, pela CONAQ e no Encontro das Comunidades Quilombolas do Tocantins para eleger a nova diretoria da Coordenação Estadual das Comunidades Quilombolas do Tocantins (COEQTO) foi realizada em Palmas uma grande marcha de indígenas, quilombolas, quebradeiras de coco babaçu, vazanteiros e pescadores para pleitear a demarcação de terras indígenas e a titulação de terras de quilombos. O Tocantins não tem sequer uma comunidade de quilombo com suas terras devidamente tituladas. Numa manifestação com faixas, cartazes e cruzes pelos indígenas e quilombolas assassinados por grupos interessados em suas terras, as principais ruas e avenidas de Palmas foram percorridas com mais de hum mil participantes e carros de som exigindo a observância de seus direitos e uma discussão em audiências públicas, a começar por Brasília, com amplas possibilidades de consulta prévia e informada sobre o chamado MATOPIBA, uma coalizão de interesses de diversas empresas vinculadas aos agronegócios japoneses e brasileiros, que ameaça os povos e comunidades tradicionais do cerrado e da caatinga. A marcha terminou na Assembleia Legislativa com os indígenas e quilombolas protocolando suas reivindicações.
Abaixo algumas fotos da marcha com as faixas explicitando as reivindicações. As fotos são de autoria da antropóloga Valéria Melo.