Edição eletrônica do livro, publicado em 2006, apresenta notas para uma história da antropologia no Brasil.
O Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST) promove o lançamento da edição eletrônica do livro Antropologia: duas ciências- notas para uma história da antropologia no Brasil (2006), de Luiz de Castro Faria, organizado por Alfredo Wagner de Almeida e Heloisa Bertol Domingues. A publicação traz a transcrição de uma palestra proferida no Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ, em junho de 1995.
Mais do que uma história da antropologia brasileira, a narrativa nos mostra o rigor da análise científica que sempre marcou a Antropologia de Castro Faria. Para a história da ciência, é uma aula de metodologia, que se mantém muito atual. O livro começa com uma afirmação enfática de que ele, fazendo história das ciências, não buscava precursores e, tampouco seguia o “fio de história”. Tratava-se de um esforço para descobrir como tinha sido possível constituir um novo saber.
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A publicação traz o recorte de texto de Castro Faria, apresentando as transformações das práticas da antropologia no Brasil, deixando claro que diferentes interpretações se obedeceram a uma certa cronologia, não se sucederam no tempo, nem tampouco se anularam umas às outras. O livro também salienta que a antropologia era prática de um museu de ciências, o Museu Nacional, chamando a atenção para o significado da coleção, a partir do objeto etnográfico.
O livro ganha maior significado pelo trabalho do antropólogo Alfredo Wagner de Almeida, que o completou com as notas de pé-de-página, com a riquíssima nota bibliográfica, de um curso discutido com Castro Faria e com o primoroso posfácio contando “uma trajetória em transcensus”. A edição que deu origem à essa cópia digitalizada é parte do projeto História da Antropologia no Acervo Luiz de Castro Faria, coordenado pelo Conselho Curador formado pela professora Heloisa Bertol Domingues, juntamente com Alfredo Wagner e Moacir Palmeira. O acervo foi doado ao MAST, em cerimônia que reuniu o Ministro de C&T e o autor, no ano 2000.
