“Denotando polêmicas que, de certo modo, ainda são atuais, importa frisar que havia apreciações críticas de que os resultados das chamadas “missões” tanto a “Mission Française”, representada pelos professores franceses na USP, desde a primeira metade dos anos 30, quanto as “Missões Técnicas”, representadas pelos cientistas norte-americanos no âmbito de acordos comerciais que focalizavam o extrativismo na Amazônia, precisavam ser relativizados. O argumento central é que não haviam contribuído decisivamente para a consolidação do domínio da antropologia no Brasil e nem sequer lograram conseguir implantar um padrão de trabalho científico. O chamado padrão “normalien” dos franceses era tão distante das situações localizadas, quanto o denominado “técnico” dos norte-americanos, cujo ritmo de pesquisa era embalado pelas flutuações dos acordos comerciais. Tais “missões” não teriam conseguido sobrepujar, por exemplo, outras vertentes de produção etnográfica e etnológica no País.”
~Alfredo Wagner
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