Os indígenas Tenharin Valdinar Tenharin (30), Domiceno Tenharin (34), Simeão Tenharin (37), Gilmar Tenharin (24), Gilvan Tenharin (20), detidos desde janeiro de 2014 e Aurélio Tenharin (42) que se encontra em liberdade, são acusados dos assassinatos de três homens, cujos corpos foram encontrados na Terra Indígena Tenharim Marmelos, fato que, de acordo com as investigações realizadas pela Polícia Federal, os tornou os principais suspeitas deste crime. Durante a apuração imediata dos fatos, a Polícia Federal conduziu à detenção dos indígenas que passaram pelos presídios do Pandinha e Vale do Guaporé, ambos localizados em Porto Velho/Rondônia. Em 2014, a competência do julgamento do caso passou da Justiça Federal para a Justiça do Estado do Amazonas, que agora conduz o processo. Depois do caso passar para as mãos da Justiça do Amazonas, os indígenas foram deslocados para a delegacia de Lábrea-AM e, recentemente, foram conduzidos para uma das bases no mesmo município. No período de 03 a 05 de março de 2015, está sendo realizada a Audiência de Instrução, dirigida pelo Juiz Souza e Silva. Nesta audiência serão ouvidos, em juízo, os réus e as testemunhas de acusação e defesa. Com base nas formulações da defesa e acusação, o juiz emitirá parecer definindo se os acusados serão levados ao tribunal do júri. Caso isso ocorra, os procedimentos serão realizados na capital do Amazonas. Por determinação da Justiça e temendo situações de tensão no município, a audiência foi programada no 54° Batalhão de Infantaria de Selva em Humaitá/Amazonas.