Em tempos de desconstrução de direitos, sociais e políticos, o jornal EmTempo, Manaus (AM), do dia 5 de janeiro de 2018, sexta-feira, destaca o plano do Ministério do Meio Ambiente de “vender a Amazônia”, ou seja, projeta mais uma tentativa de expropriar a Amazônia. Como se parafraseassem Lúcio Flávio Pinto, em seu livro O Fim da Amazônia: desmatamento e grilagem (2014), concretizando o fim da Amazônia ou transformando em reservas, mas dessa vez, de acordo com os manuais e acertos do Banco Mundial.
O panorama tem parceiros que “investirão” R$ 60,00 por hectare de área de novas áreas de conservação, haja vista, novas reservas de recursos para o capital. Faz até referência nos idos da década de 1990 da realização das tantas aproximações do Macrozoneamento Ecológico-Econômico da Amazônia Legal (MacroZEE) balizado pelo PPG7, onde ONGs ambientalistas ainda hoje estão como parceiras do Banco Mundial.
De acordo com o jornal, o Ministério do Meio Ambiente, vê avanços na governança, no então corredor “Triplo A”, como também é referido, mas renomeado de “Projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia”. Poderíamos considerar “triplo A” como: i) Afastar povos e comunidades tradicionais amazônicos dos recursos naturais ; ii) Apropriação dos territórios tradicionalmente ocupados; e iii) Abafar ou impedir a mobilização de agentes sociais, agravando as situações de conflito por terra e água, bem como os assassinatos e as ameaças de morte de indígenas, quilombolas, ribeirinhos, pescadores, seringueiros, castanheiros, quebradeiras de coco babaçu e artesãos em toda a Amazônia.