Nova Cartografia Social Da Amazônia

Divulgação do livro Tempos de Destruição na Calha do Rio Tocantins e do Boletim Informativo 12 – Quilombolas, Pescadores, Ribeirinhos e Extrativistas sob efeitos sociais e ambientais da UHE-Tucuruí e ameaçados pelos projetos da Hidrovia do Tocantins-Araguaia realizada na Rádio Filadélfia, em Tucuruí


O senhor Esmael Siqueira Rodrigues, à direita, descreve o conteúdo das duas publicações, concluídas em 2020.

No dia 18 de agosto de 2021 o líder Esmael Siqueira esteve na Rádio Filadélfia em Tucuruí para realizar a divulgação de duas publicações recentes do Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia e especificamente o projeto de pesquisa intitulado Estratégias de Desenvolvimento, Mineração e Desigualdades: Cartografia Social dos Conflitos que Atingem Povos e Comunidades Tradicionais na Amazônia e no Cerrado- financiado pela : Climate and Land Use Alliance – CLUA. A primeira publicação é o livro Tempos de Destruição na calha do rio Tocantins: incessantes efeitos sociais e ambientais da UHE Tucuruí, organizado por Rosa Acevedo Marin, Jurandir Novaes, Thamirys di Paula e Thiago Guedes e a segunda é o Boletim Nº 12 – Quilombolas, Pescadores, Ribeirinhos e Extrativistas sob efeitos sociais e ambientais da UHE -Tucuruí e ameaçados pelos projetos da Hidrovia do Tocantins-Araguaia. Ambos resultam de projetos de pesquisa executados em longo período, iniciando na década de noventa e que tiveram continuidade com a execução do Projeto mencionado. A densidade de relatos, a acuidade dos mapas, croquis e fotografias situam as situações sociais e formas de violência experimentadas por centenas de famílias ao longo do processo de construção e funcionamento da hidrelétrica de Tucuruí, desde a década de 80.

Esmael Siqueira Rodrigues dirigente da APPATUR

Destaca-se um parágrafo contundente no livro Tempos de Destruição

Se este livro apresenta, de forma peremptória, os discursos de agentes sociais e realiza, em cada página, um revir sobre as questões enunciadas por expropriadas, expropriados, deslocadas, deslocados, pescadores da jusante, da montante, moradores das ilhas, atingidos pela eclusa, extrativistas, ribeirinhos, agricultores, que identificam as suas vidas transformadas com as obras da Usina Hidrelétrica de Tucuruí – UHE Tucuruí, tal propósito somente é compreensível para afirmar que essas vidas foram tornadas – pela ELETRONORTE e por diversas ações jurídicas – quase detalhe de um mundo serial e inquisitorial. São somente números de processos atribuídos para admitirem por força de sua mobilização política, um reconhecimento, sempre incompleto, sempre como não verdade, em instâncias e respectivos pleitos nos quais são classificados – ou não como “impactados”.

Entre os realizadores das publicações estão a APPATUR – Associação dos Pescadores, Piscicultores e Agricultores de Tucuruí e Região e a Associação de Remanescente do Quilombo de Calados e Caranãzal. A Universidade Federal do Pará, instituição de apoio mediante a participação de pesquisadores e de profissional do Laboratório LAENA do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos – NAEA e da e a Faculdade de Economia – FACECON; a Universidade Estadual do Maranhão, mediante o Programa de Pós-Graduação em Cartografia Social de Política da Amazônia – PPGCSPA, e Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia – PNCSA.

As publicações podem ser acessadas no site www.novacartografiasocial.com.br

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