No dia 06 de fevereiro de 2014 ocorreu o Café com Ciência com o Ciclo de palestras Comunicações em Cartografia Social: SITUAÇÕES SOCIAIS E RELAÇÕES DE PESQUISA. A primeira atividade desse ciclo tratou o tema “Cultura e identidades na Amazônia, Cartografia e mapeamento social: relações de pesquisa e Educação do Campo”.
A atividade aconteceu no auditório do Campus de Marabá/UNIFESSPA- UFPA onde estiveram mais de 70 participantes. A socialização das atividades da Nova Cartografia Social da Amazônia e do Projeto MAPEAMENTO SOCIAL COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO TERRITORIAL CONTRA O DESMATAMENTO E A DEVASTAÇÃO: Processos de capacitação de povos e comunidades tradicionais – Fundo Amazônia – BNDES, referente ao ano de 2013, no nordeste e sudeste do Pará, foi organizada em articulação com o curso de Educação do Campo e a atividade curricular na temática Cultura e identidades na Amazônia, desenvolvida no período de 29 de janeiro a 06 de fevereiro de 2014.
A atividade debateu sobre cultura e identidades em base a bibliografia e em experiências sociais da Amazônia. E de maneira que se remeteu às diversas situações sociais vivenciadas no sudeste do Pará. E a agentes sociais, como as quebradeiras de coco babaçu, indígenas, assentados, ribeirinhos, atingidos pela mineração e hidroelétricas. Isso, mediante um olhar histórico e social para as categorias identitárias, mas, sobretudo, com ênfase para a politização das identidades e a emergência das identidades coletivas. Assim, constituídas em movimentos sociais e segundo os diversos critérios de sua composição: étnico, de ocupação, gênero, entre outros.
Na turma mediante os debates cada educando procedeu a elencar informações, sínteses da reflexão para a construção de um texto final sobre Cultura e identidades na Amazônia, que resultou num pequeno artigo. Em base a essas reflexões também produziram croquis com as situações sociais na Amazônia e, sobretudo no sudeste do Pará.
Ingred Samara Santos Silva, filha de assentados e do STTRs e Francisco de Oliveira, nascido em um Projeto de Assentamento, em Nova Ipuxuna do Pará, foram contundentes nas apresentações dos croquis, bem com das reflexões da atividade curricular. Ingled Silva, por exemplo, reforçou o caráter das “unidades de mobilização” e da articulação das lutas dos diferentes agentes sociais na medida em que fazem frente ao Estado e as ameaças como os grandes empreendimentos.
No decorrer da semana alguns educandos, com relações mais próximas as ações do Projeto Nova Cartografia Social e Mapeamento social – Fundo Amazônia – BNDES, organizaram apresentações em base às atividades realizadas em 2013. Tais como: palestras, reuniões, trabalho de campo, entrevistas com agentes sociais, preparação de oficinas, Audiência pública e na oficina com quilombolas da Ilha de São Vicente/Tocantins.
No debate subsequente a socialização das atividades alguns participantes fizeram contribuições e ressaltaram a importância da Cartografia Social. Igualmente, de atividades de pesquisa que estreitam a relação entre a academia e os agentes sociais. Destacadamente manifestaram identificação com suas experiências ou sendo eles mesmos das realidades apontadas nas apresentações. Além disso, foi apresentado o vídeo maker: Quebradeiras de coco babaçu e agroextrativistas no Sudeste do Pará, o que chamou bastante atenção pelos registros e a temática: Território, direitos, práticas sociais e organização política.