Aprovado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), no mês de novembro de 2012, o Programa de Pós-Graduação em Cartografia Social e Política da Amazônia (PCCSPA). Tal programa, é resultado de uma parceria firmada entre a Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), por meio do Departamento de Ciências Sociais – e o Programa de Pós- Graduação em Ciência Política da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
A ideia de criação de uma Pós-Graduação na UEMA surgiu de um profícuo diálogo, iniciado em 2009, entre o Coordenador do Projeto Novo Cartografia Social da Amazônia (PNCSA), Professor Alfredo Wagner Berno de Almeida, e o Professor Leonardo Avritzer do Departamento de Ciência Política da UFMG, coordenador do Projeto Democracia Participativa (PRODEP) e do Observatório da Justiça Brasileira (OJB).
O curso de Mestrado destina-se a oferecer uma fundamentação teórica, com capacidade para a formação intelectual e profissional de mestre em Ciência Política, com conhecimento transversal sobre a realidade amazônica e com habilidades para analisar criticamente e propor cenários alternativos, para as diversas situações sociais, políticas e ambientais que estão em curso na Amazônia.
Entre seus objetivos, destacam-se: a) Formar quadros capazes de refletir teoricamente sobre os processos de territorialização que estão em curso na Amazônia, com ênfase nas ações estatais e privadas, políticas públicas, bem como nas representações e práticas dos agentes sociais mobilizados em movimentos sociais que acionam uma identidade coletiva; b) Analisar os procedimentos de intervenção como atos de poder que perpassam uma diversidade de experiências na Amazônia contemporânea, em especial as representações cartográficas oficiais e a fundamentação que oferecem às intervenções; c) Examinar e decompor os elementos contraditórios de planos, projetos e programas governamentais; d) Analisar as representações sobre os povos indígenas, quilombolas e grupos sociais ativos dessa intervenção, principalmente os denominados “povos e comunidades tradicionais”; e) Investigar as interpretações das relações socioeconômicas retratadas por acadêmicos, técnicos e políticos; g) Refletir criticamente sobre a atuação do Estado na região Amazônica; f) Analisar as representações, expressões, conhecimentos e técnicas, bem como objetos, artefatos e lugares, reconhecidos por povos, comunidades ou grupos, como elementos de seu patrimônio cultural, comumente acionados na afirmação de suas identidades.
O curso terá uma área de concentração “Estado, comunidades tradicionais e territorialidades na Amazônia” e três linhas de pesquisa: 1) Cartografia social, povos e comunidades tradicionais, territorialidades e movimentos sociais na Amazônia; 2) Estado, Governo, políticas de desenvolvimento e territorial na Amazônia; 3) Narrativa, memória e identidades coletivas na Amazônia.
O curso terá uma coordenação geral e duas coordenações regionais – sendo uma de cada IES envolvida na Associação Temporária. Terá duração mínima de 12 meses e máxima de 24 meses, com um total de 24 créditos, composto por disciplinas obrigatórias e optativas. Nesses prazos está incluída a defesa da dissertação. O lançamento do edital da seleção está previsto para o primeiro semestre de 2013. Já está em negociação um apoio da Fundação Ford ao Programa de Pós-graduação com a concessão de bolsas, material de divulgação e um acervo bibliográfico para o Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia (PNCSA) – Núcleo Maranhão.