Indígena mostra marcas de agressões que sofreu de policiais. Foto: Márcia Meneghini
A imprensa de Manaus criou uma nova categoria de indígena: “supostos índios”. Na percepção muito particular de alguns colegas de profissão (não quero generalizar, embora a exceção seja a regra) que trabalharam na cobertura de uma ocupação de terra na estrada que liga Manaus ao município de Iranduba, os indígenas precisavam “provar” (seja lá de que forma) que eram “índios” para então serem reconhecidos como tal. Classificados como “supostos índios”, sua identidade étnica não era legítima, portanto, sua mobilização não era relevante.
Inconscientemente ou não, foi a forma que a imprensa encontrou para desqualificar uma mobilização de pessoas que brigavam pelo direito à terra. As abordagens tiraram daquelas famílias o direito de ascenderem à condição de sujeitos políticos de uma ação social.
A representação dos indígenas nas reportagens se tratou de um mera repetição do discurso oficial do Estado. Foi relatado apenas uma parte do que estava ocorrendo, numa deliberada decisão de reduzir os fatos.
Confira o texto completo na íntegra no site de Elaíze Farias através do endereço abaixo,