Nova Cartografia Social Da Amazônia

Defesa de Mestrado Acadêmico de Klissy Kely Guimarães


No dia 04/03/2020 na Escola Superior de Artes e Turismo da Universidade do Estado do Amazonas – ESAT/UEA a acadêmica do Programa de Pós Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas Klissy Kely Guimarães defendeu a dissertação de mestrado intitulada REFLEXÃO SOBRE O TRABALHO, VIVÊNCIAS E PRÁTICAS MUSICAIS DE MULHERES COMPOSITORAS EM MANAUS A PARTIR DE 2000. Sob a orientação do professor Dr. Alfredo Wagner Berno de Almeida e coorientação da professora Dra. Deise Lucy Oliveira Montardo. Participaram da Banca os professores Dr. Alfredo Wagner Berno de Almeida. PPGICH/UEA. Orientador-Presidente; Dra. Eliana Maria de Almeida Monteiro da Silva. ECA/USP. Examinadora Externa e Dra. Neiva Maria Machado Soares. PPGICH/UEA. Examinadora Interna.

Eu pude perceber a respeito do campo e da vida musical manauara a questão das pluralidades culturais, da globalização, das identidades e suas interseccionalidades, da invisibilidade das compositoras e toda a questão histórica que a perpassa, além dos relatos que mostram que parte significativas delas atuam como intérpretes de suas próprias obras, o que difere, por exemplo, das práticas de outros nichos do país.

A dimensão imaterial deste estudo é notável, mudou completamente meu modo de pensar, ser e estar neste espaço social que é Manaus. Para além do discurso científico, recorri aos discursos musical e literário, ao escrever canções e poemas, buscando a expressão interdisciplinar das sutilezas apreendidas pelos meus sentidos, enquanto integrante do grupo objeto deste estudo e ao mesmo tempo intérprete dele no campo de pesquisa. A consciência crítica é um importante instrumento de mudança. Por meio deste estudo apresento um catálogo com mais de 360 títulos de obras compostas por mulheres publicadas entre 2000 a 2019 e 155 nomes de compositoras atuantes em Manaus nesse período, além do mapeamento de espaços musicais na cidade entre 2018 a 2019. É sempre cômodo para quem se vê representado nos principais espaços e instâncias sociais, dizer que representatividade e visibilidade são coisas de pouca importância. Não bastam apenas discursos e “homenagens” para romper com lógicas opressivas como racismos e sexismo é preciso produção intelectual, artística, econômica e social, debates racionais e engajados para promover ações e mudanças de comportamento que visem a equalização real das relações de gêneros. Agradeço a todas as pessoas que de algum modo me auxiliaram e apoiaram no decorrer da investigação que teve alguns percalços, mas que felizmente foram superados. O sentimento é de gratidão.

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