O Seminário Vidas Ameaçadas: luta e resistência no campo e na cidade segue no propósito de reafirmar as histórias de resistência das comunidades no campo e na cidade, e denunciar a perpetuação e o aumento de ameaças às lideranças das periferias, quilombolas, indígenas, quebradeiras de coco e atingidos pelo avanço de um cenário de retrocessos e de conservadorismo. Participarão comunidades da Ilha e do interior do Estado, que virão narrar suas resistências e denunciar as ameaças, muitas vezes, concretizadas pelo apoio do aparato estatal.
Além da resistência e da denúncia política desses casos, o Seminário terá também uma mostra cultural que servirá para demonstrar como a reprodução da cultura significa a manutenção da vida nos territórios. Na manhã do dia 22, a programação privilegiará os relatos dos ameaçados. À tarde, debates, lançamentos de livros e do BOLETIM Nº 14 Comunidade do Cajueiro: “Não é o território que é nosso. Nós é que somos do território”, realizado no âmbito do PNCSA/Projeto Cartografia da Cartografia: uma síntese de experiências. A comunidade está localizada na zona rural da Ilha e atualmente ameaçada pela instalação de um empreendimento portuário privado. Por fim, a programação do Seminário se encerrará com a caminhada “Resistência pela Vida”, que seguirá até o Centro Histórico de São Luís.
O ponto de partida para a realização do Seminário foram os recentes ataques às memórias de mártires da luta no campo como a missionária Dorothy Stang e Padre Josimo, assassinados por defenderem comunidades ameaçadas. A partir daí, pensou-se em ir além e demonstrar que resistir é também avançar, avançar na denúncia dos opressores e reivindicar justiça.
Programação
8h30 – 9h – Mística com apresentação do Seminário.
9h – Filme “Em Busca do Bem Viver”, que conta as histórias de populações ameaçadas e suas estratégias de resistência.
10h – Vidas Ameaçadas – relatos das ameaças no campo e na cidade
12h – 14h – Almoço. Lançamento de livros e do Boletim
14h – 16h – Teia de Cuidados/Pedagogia da proteção / Programas de Proteção / Sistema Popular de Autoproteção / Teologia da Libertação:
– Participação da SMDH, Teia dos Povos e Comunidades Tradicionais, Osmarino. Amâncio e representante da Teologia da Libertação.
– Debates
16h30 – Romaria “Resistência pela Vida”
18h – Ato Manifesto (chegada da Romaria à Praia Grande, Centro Histórico).
Organização:
Comissão Pastoral da Terra – CPT/MA. Conselho Indigenista Missionário – CIMI/MA, Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra – MST, Movimento Interestadual Quebradeiras de Coco Babaçu, Movimento de Saúde dos Povos – MSP, Teia de Povos e Comunidades Tradicionais do Maranhão, Sociedade Maranhense de Direitos Humanos, Cáritas Brasileira – Regional Maranhão, Comissão de Direitos Humanos da OAB/MA, Apruma Seção Sindical do Andes-SN, Grupo de Estudos: Desenvolvimento, Modernidade e Meio Ambiente – GEDMMA/UFMA.
Fonte: vidasameacadas.org