Pesquisadora do Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia, Elieyd Sousa de Menezes, recebe o prêmio ABA/GIZ 2012/2013 Povos Indígenas e Cenários Etnográficos na Amazônia, propiciado pela Associação Brasileira de Antropologia (ABA) e Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável por meio da GIZ no Brasil (Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH).
Esta é a 3° edição do prêmio que foi entregue durante a abertura da IV Reunião Equatorial de Antropologia (REA) – XIII Encontro dos Antropólogos do Norte e Nordeste (ABANNE) realizada nos dias 04 a 07 de agosto na Universidade Federal do Ceará, Fortaleza-CE.
Nesta edição o prêmio ABA/GIZ teve como tema “Povos Indígenas na Amazônia Brasileira: Sistemas de Produção e de Mercados na Gestão da Biodiversidade”. Um dos objetivos do prêmio é incentivar a compreensão de cenários de processos de mudança no complexo universo dos povos indígenas e seus territórios, desde as suas relações com a sociedade envolvente.
A dissertação de mestrado, agraciada com o 1° lugar, tem como título: “Os ‘Piaçabeiros’ no médio Rio Negro: identidade étnica e conflitos territoriais” e objetivou compreender as relações sociais nos piaçabais do rio Curuduri, em Barcelos-AM, envolvendo agentes sociais que estão mobilizados em associações, cooperativas, sindicatos e colônia de pescadores que reivindicam acesso aos recursos naturais e território. Estes agentes sociais se autodenominam “piaçabeiros”, pescadores e “patrõezinhos”, ou pertencem a diferentes povos indígenas (tariano, tukano, baniwa, baré, arapaço, werequena, tuyuca). A problemática central consiste nas implicações sociais desses conflitos territoriais para as práticas extrativistas da piaçaba realizadas tradicionalmente pelos autodefinidos “piaçabeiros”.
A dissertação de mestrado foi defendida no âmbito do programa de Pós-Graduação em Antropologia social da Universidade Federal do Amazonas em outubro de 2012.