Arte da capa do Livro “Papo de Índio”.
É muito bem vinda a publicação do livro Papo de Índio, do antropólogo Terri Aquino – ou Txai Terri Aquino – pela editora da Universidade Estadual do Amazonas. O título do livro é o mesmo da coluna que, a partir de outubro de 1987, o autor assinou e organizou inicialmente no jornal A Gazeta, em Rio Branco, Acre.
Neste primeiro volume – há outros dois ainda em preparação – estão reunidos 51 Papos, escritos até meados de 1991, de autoria do próprio Terri ou de seus amigos e colaboradores, índios e não índios, e de alguns detratores. Essa é, aliás, uma marca dos Papos: reunir todos que, de uma maneira ou de outra, se dispõem a tratar publicamente dos assuntos indígenas e das populações tradicionais, notadamente dos seringueiros, dado que a paisagem socioambiental onde se passam os assuntos tratados nos Papos é sempre o Acre, mas com interferências de ordem variadas – no período dos Papos reunidos neste volume, pelo menos até a promulgação da Constituição de 1988, a interferência maior era do Conselho de Segurança Nacional e sua famigerada proposição de estabelecer Colônias Indígenas…
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