No dia 16 de março de 2015 foi realizado em Belém o lançamento do livro O FIM DA AMAZONIA: desmatamento e grilagem de Lúcio Flávio Pinto, no Auditório do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos, da Universidade Federal do Pará.
O ato de abertura iniciou com as palavras de Rosa Acevedo Marin que historiou as atividades do Projeto Mapeamento Social como instrumento de gestão territorial contra o desmatamento e devastação: processos de capacitação de povos e comunidades tradicionais, coordenado pelo professor Alfredo Wagner Berno de Almeida e inserido no programa de pesquisas do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos, desde 2011, projeto no qual estão vinculados professores e discentes de Graduação e Pós-Graduação da Universidade Federal do Pará, incluindo o grupo do então Campus Universitário de Marabá, atualmente UNIFESSPA.
O professor Armin Mathis, em nome do Coordenador do NAEA professor Durbens Nascimento teceu comentários sobre as contribuições do sociólogo e jornalista Lúcio Flávio Pinto na vida acadêmica do NAEA. Em seguida, o autor de O Fim da Amazônia dirigiu-se ao público, de mais de 60 pessoas, para retomar os argumentos desenvolvidos no trabalho, iniciando por refletir criticamente as relações tensas entre jornalismo e ciência; entre desmatamento, ciência e tecnologia na Amazônia. Sobre essa última apontou as recorrentes irracionalidades em nome do desenvolvimento. Na exposição tracou detalhes de sua trajetória orientada para produzir um conhecimento sobre os fatos buscando provocar reações políticas contra ações condenáveis das intervenções feitas em nome da economia nacional, os resultados das exportações e do PIB. Finalizou comentando o sentido trágico que incomoda alguns comentaristas, nem sempre leitores de seus trabalhos e explicou que essa tragicidade tem por objetivo chocar, mudar as posições confortaveis, passivas e desinteresssadas sobre o que ocorre na Amazônia. Lúcio Flávio Pinto arma-se de uma visão de trágedia para recusar as posturas otimistas, satisfeitas, conformadas e passa a socializar uma angustia que deve ser coletiva e mobilizadora para mudar os rumos da calculada destruição dos recursos naturais e formas de existência dos povos tradicionais nesta região.